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A influência do balé na preparação física de atletas


A delicadeza do balé pode ser aplicada na rotina de preparação física de atletas de diversas modalidades, como o boxe, a ginástica artística, o tênis, o basquete e até o salto triplo. A dança clássica pode estar no saque de uma tenista famosa, nas enterradas de um jogador de basquete ou em um salto de um atleta. O “SporTV Repórter” apontou como a delicadeza do balé pode ser aplicada na rotina de preparação física de atletas de diversas modalidades, como o boxe, a ginástica artística, o tênis, o basquete e até o salto triplo.

Boxe Ex-campeão mundial de pesos-pesados no boxe, Evander Holyfield continua em forma aos 48 anos. Sempre lembrado devido ao confronto com Mike Tyson – no qual perdeu um pedaço da orelha direita, arrancado por uma mordida do oponente – o lutador tem no currículo 57 lutas. Foram 44 vitórias, sendo 29 por nocaute. O boxeador conhecido pelo corpo musculoso, pela força e golpes violentos durante a luta descobriu no fim da década de 80 que o balé poderia ser uma arma poderosa dentro do ringue. – Eu era campeão mundial absoluto da categoria cruzador, sem nunca ter perdido uma luta, e então fui para a categoria peso-pesado para lutar com os caras grandes. Para lutar como eles eu precisava de algo que eles não tinham. No meu plano de jogo, a flexibilidade era fundamental – relembrou. O resultado do trabalho com a professora apareceu no ringue. Holyfield acredita que se tornou campeão mundial por causa das aulas e que perdeu um título quando a professora teve um problema físico. – Eu me tornei campeão mundial dos pesos-pesados por causa daquela senhora (a professora). Quando ela escorregou, quebrou o quadril e ficou sem ir ao meus treinos, perdi o tíitulo para Riddick Bowe.

Ginástica Artística Os primeiros passos dos atletas da ginástica artística são no balé. A técnica que aprendem no início colabora para a elegância e leveza em acrobacias aéreas. – Precisamos ter (aulas de balé) desde pequenas realmente. Não temos que ser bailarinas, mas ter uma base do balé porque a gente utiliza muito nos movimentos da ginástica – afirma a ginasta Daniele Hypólito.

Tênis Conhecida como bailarina do tênis, Maria Esther Bueno conquistou, nas décadas de 50 e 60, 19 títulos de Grand Slam. A maior tenista brasileira explica porque ganhou o apelido na época. – Foi pela forma como eu jogava, a harmonia dos movimentos , o equilíbrio perfeito das mãos, da raquete, do corpo. Alguns anos atrás alguns preparadores físicos introduziram a dança e o balé para ajudar na preparação do tênis. Um dos maiores tenistas da década de 80, o tcheco Ivan Lendl também usou a dança como parte do treinamento para melhorar a agilidade e leveza dos movimentos dos pés. Até os movimentos do atual número 3 do mundo, Roger Federer, já foi comparado, pelo jornal americano New York Times, aos do russo Mikhail Baryshnikov, um dos maiores bailarinos da história.

Basquete Nas quadras de basquete, eram os saltos de Michael Jordan que chamavam a atenção na Liga de Basquete Americana. O “SporTV Repórter” promoveu um encontro entre jogadores do time de basquete do Joinville e integrantes do Balé Bolshoi – única filial da escola russa fora do país – para comparar os saltos dos atletas. Ao analisar o salto dos atletas e dos bailarinos, foi observado que os dançarinos, apesar de menor estatura, conseguiram saltar mais alto que os jogadores. Surpresos, os jogadores de basquete resolveram participar de uma aula de balé e estão confiantes em usar as técnicas nos treinamentos. – A palavra é adaptação. A gente vai adaptar. Agora o balé vai ser implementado no planejamento do basquetebol de Joinville. Não tenha a menor dúvida – afirmou o técnico da equipe, Alberto Bial.

Atletismo O novo desafio do preparador físico Antônio Carlos Gomes desde o início do ano é incluir a leveza e o controle dos movimentos do balé nos treinos de Jadel Gregório, atleta do salto triplo e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. – No chão, um leão. Saiu do chão, um bailarino. Ou seja, pegar o solo com muita potência, muita velocidade. A partir do momento que ele ganha flutuação no ar, ele precisa ser o mais solto, o mais leve possível. Os movimentos têm que acontecer com muita amplitude – afirmou Gomes. Em uma sala de ginástica artística, o atleta treina em uma cama elástica em busca da leveza no salto. – Se a gente reparar, o pessoal do balé sai do chão muito rápido e tem um controle no ar. É esse controle que eu quero ter. Aqui é onde faz a união do pássaro sem asa que agora está conseguindo ganhar asa. Se sem a asa a gente já saltava, imagina o que não vamos fazer com a asa – disse o atleta.

Grupo Katakló Bailarinos, que são ex-ginastas, mostram no palco como o esporte e a dança podem ser uma coisa só. O grupo italiano Katakló acredita que o passado dos bailarinos no esporte ajuda no desempenho da dança. E que a dança também pode ser útil ao esporte. – A dança ajuda a ser esportista. Há muitos anos não, porque era mais separado. Mas hoje em dia, a dança, com certeza, ajuda, mesmo que seja só para esquentar o corpo, alongar mais ou dar o máximo de si em um palco também – analisou a bailarina Elisa Bazzocchi.

Reprodução - Fonte Original: http://www.educacaofisica.com.br/fitness2/danca/a-influencia-do-bale-na-preparacao-fisica-de-atletas/


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